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Experiência do além

Eu confesso: gosto de cachaça! Mas o meu gostar transborda os deleites de uma alma, digamos, moribunda. Gosto não apenas do gosto, o que em muitas ocasiões já é o suficiente para um gostar abundante. Gosto também do efeito tranquilizador e real que me sobrevém. Vou tentar explicar esses efeitos reais, todavia, leitor atrevido, não se atreva a achar que estou mentindo, pois não estou. Estou apenas expondo a minha realidade. A minha explicação começa lá pelos idos de 1970. Eu tinha meus vinte e poucos anos de idade. Era um belo jovem com cabelos negros volumosos e lisos. Minha carne era corada e meu corpo atlético. Certo dia um amigo me convidou para irmos à Taberna do seu Aquino. Ele disse que lá havia uns tira-gostos e uma “cachaça bem quente”. Estava uma quase noite bastante fria, e, como era solteiro e já havia dado o meu dia de trabalho para o desenvolvimento da nação, achei interessante a proposta. Resolvi aceitar e fui. Posso dizer sem medo de errar que foi a minha decis...

A saga de um supersticioso

O senhor Augusto de Campos era um senhor de quase setenta anos. Eu digo era, porque não o é mais, ou seja, faleceu. O que chama a atenção na história desse senhor é o seu lado supersticioso ou, melhor dizendo, a sua superstição. Obviamente que ele possuía diversas outras qualidades que poderíamos enumerar por várias páginas, como o seu senso de justiça social, a sua caridade e mais uma multidão de qualidades. Mas eu prefiro falar de sua atribuição mais peculiar, seu misticismo. Não por acaso o senhor Augusto de Campos era bastante ligado a isso. Ele nasceu no dia 13 de um mês qualquer, em uma sexta-feira, exatamente às 13h de 1913. Seria muita coincidência? Qual a probabilidade de esses acontecimentos terem ocorridos de forma casual? Bom, eu não sei dizer porque não sou bom de matemática, afinal, sou um escritor, apenas, mas, de acordo com um amigo, as probabilidades seriam ínfimas, quase zero, ou seja, não acredito que seja algo casual, mas algo providencial, não sei de quem, mas ...

Um rato chamado baldo.

A história, que agora passo a narrar, começou há muito tempo, lá no interior de Pernambuco, quando no Brasil ainda quase não existia eletricidade em todas as casas. Pois bem! É uma história real, que alguns poderão dizer que é irreal, mas... Deixa estar! Vamos ao que importa, e, assim, depois, dirão se é mentira ou verdade. Estava o senhor Adeobaldo em uma Taberna, tentando beber sua preciosa cachaça, sossegadamente. Como não possuía muitos recursos, devido a uma vida de limitações, toda vez que ia beber, bebia aos poucos, para sentir o gosto da aguardente e saboreá-la lentamente. Na Taberna estavam alguns músicos, de fora de Pernambuco, que gostavam de viajar tocando em terras estranhas. Era uma banda com um nome bem curioso, algo do tipo “Mágicos do Sertão”. Toda vez que se apresentavam, algo diferente acontecia. Eles tocavam instrumentos que o Sr. Adeobaldo nunca tinha visto, mas não se importava, pois não possuía nenhuma cultura musical. Laborava o dia inteiro, e, de noite, a ún...